4 de Maio, 2011

“1,3 milhões” valor das verbas pagas ao IFB pelo IEFP no âmbito do Protocolo para “Formação em Alternância na Banca” – Programa que já formou cerca de 2000 jovens (dos 15-25 anos), com um nível de empregabilidade de 90%.

Relativamente às notícias divulgadas nos últimos dias sobre subvenções atribuídas pelo Estado português a algumas empresas consideradas de benefício público, em que era referido que o "Ministério do Trabalho deu 1,3 milhões à APB para ajudar na aprendizagem dos bancários", salientamos o seguinte:

  • Em 1992, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) convidou o Instituto de Formação Bancária (IFB) para colaborar na implementação do Sistema de Aprendizagem na Área da Banca. Na sequência deste convite foi criado o Programa de Formação em Alternância na Banca, tendo sido assinado um Protocolo de Colaboração entre o IEFP e o IFB, que foi renovado em 2008.

 

  • O Programa de Formação em Alternância na Banca, com uma duração de 3 anos, é destinado a jovens dos 15 aos 25 anos que não tenham completado o ensino secundário e inclui um estágio anual, de três a quatro meses, num dos Bancos associados da APB.

 

  • No âmbito deste Programa foram formados cerca de 2.000 diplomados e a taxa de empregabilidade destes jovens ou prosseguimento de estudos é superior a 90%. Este Programa de Formação decorre em Lisboa e no Porto, contando, anualmente, com cerca de 300 formandos.



Neste enquadramento cumpre esclarecer o seguinte:

1. Os destinatários dos cursos não são empregados bancários mas jovens desempregados que procuram uma qualificação profissional de qualidade.

2. O IFB recebe anualmente um número de candidaturas de jovens interessados neste programa que excede as vagas proporcionadas pelo IEFP.

3. Os benefícios financeiros para o IFB são nulos.

4. As verbas recebidas destinam-se a liquidar as despesas inerentes ao funcionamento dos cursos.

5. Nas despesas com o Projecto têm especial relevo os pagamentos feitos aos formandos (referentes a bolsas e subsídios), os honorários dos formadores (todos externos), o arrendamento de instalações, e restantes custos de funcionamento do curso.

6. O Projecto desempenha um importante papel social, pois acolhe jovens que, em muitos casos, haviam abandonado o ensino formal, encontrando no curso uma segunda oportunidade para prosseguirem estudos e, no final, uma possibilidade de emprego de qualidade.

7. O curso acolhe um número significativo de jovens do interior do país onde não é possível encontrar alternativas nesta área.

8. Até final de 2010 foram diplomados por este programa cerca de 2.000 jovens de todas as regiões de Portugal, estando a sua maioria integrada profissionalmente (Ver gráfico abaixo).

9. Este projecto só é possível pela colaboração dos três “pilares” envolvidos nesta parceria com vinte anos de existência: o IEFP, os Bancos, e a APB através do IFB.

10. O IFB e, através dele, a APB, estão, assim, a contribuir objectiva e eficazmente para o esforço nacional de combate ao insucesso escolar e profissional.

11. Os Bancos, ao concederem estágios profissionais aos formandos destes cursos e, em muitos casos, ao recrutarem os respectivos diplomados, excepcionam a regra geral adoptada de só recrutarem pessoas licenciadas para funções bancárias, contribuindo, também de forma objectiva, para a promoção de mais e melhor emprego.