28 de Maio, 2021

A Federação Bancária Europeia reafirma que os bancos europeus estão preparados para continuar a apoiar as empresas e famílias perante a crescente incerteza sobre o ritmo de recuperação da atividade económica.

Na reunião desta sexta-feira, o Board da EBF destacou ainda a necessidade de uma evolução nas políticas públicas de resposta à crise, de modo a garantir um “soft landing” para o novo normal e mostrou-se confiante no compromisso dos governos europeus em evitar o chamado “efeito precipício”.

"A hora de agir é agora. Apelamos aos legisladores europeus para que deem os próximos passos necessários a uma recuperação económica bem-sucedida e sustentável em toda a Europa. Do lado do setor bancário, continuamos comprometidos em dar continuidade ao nosso trabalho junto das autoridades, assim como no apoio a empresas e famílias”, afirma Ana Botín, Presidente da EBF.

Este encontro contou com a presença do Prof. Mário Centeno, Governador do Banco de Portugal, enquanto orador convidado.

Considerando que o trabalho conjunto de reguladores, bancos, governos e bancos centrais foi bastante eficaz no combate à pandemia, a EBF apela aos legisladores para que seja adotada uma flexibilidade temporária que permita apoiar os clientes viáveis, nestes meses de transição, até a recuperação económica estar em marcha. A EBF defende, em concreto, a adoção de um conjunto de medidas prudenciais especificamente dirigidas a permitir o apoio por parte dos bancos a famílias e empresas viáveis.

Para a EBF, à medida que a Europa sai da pandemia Covid-19, é igualmente essencial ter uma visão mais clara e holística do fardo suportado pelos bancos com os custos de regulação, incluindo todos os requisitos regulamentares de supervisão e resolução que foram adotados na última década.

“Olhando para o futuro, devemos ter presente que bancos fortes sustentam economias fortes. O contexto regulatório pós-Covid deve garantir as condições adequadas para que o setor bancário europeu seja competitivo à escala global e esteja bem posicionado para apoiar a transição para uma economia verde”, acrescenta Ana Botín.

A Federação que junta 32 associações bancárias europeias defende, por isso, a necessidade de um “reset” do enquadramento regulatório, para garantir que os bancos são competitivos e conseguem ajudar a tornar a Europa mais competitiva, à medida que a transição digital e verde avança.